domingo, 12 de dezembro de 2010

É assim e ponto.

"Já tive muitos relacionamentos.. A maioria clichê, alguns blasé e outros até démodé. Mas sabe de uma coisa? Eu gosto mesmo é de você. Assim, sem rótulos. Porque você me faz sentir aquele friozinho na barriga quando eu menos espero. Porque você faz milhares de borboletas voarem pelo meu estômago com um simples sorriso. Porque você morde o lábio quando está preocupado. Porque você me deixa bilhetinhos e pede carinho. Porque você me liga pra falar sobre nada e no fim me diz que telefonou só porque queria ouvir a minha voz. Porque você levanta uma sobrancelha pra tentar ser fofo. Porque você não desgruda do seu violão. Porque você lê poemas. Porque mesmo não entendendo nada sobre as minhas teorias malucas, você finge que concorda. Porque você é de Leão e eu tinha 16. Porque você cita livros que nunca leu. Porque você tem um jeito meio bobo que sem querer conquista. Porque sei lá, eu acho que é Amor. De um jeito que eu nunca senti. De um jeito bom, forte. De um jeito meu. De um jeito seu. E de mais ninguém."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Sobrou só esse nó no peito, agora faço o quê?"

- É, eu te liguei, mais uma vez. Desculpe, eu só não pude aguentar. Eu sei que você falou pra eu parar com as ligações e que não queria mais me ver, eu sei. É só que eu me arrependo, eu me arrependo mesmo, de verdade. Desculpe-me por todo mal e sofrimento que eu te fiz passar, mais uma vez. Tudo bem, eu sei que não adianta tentar te convencer. Já foram tantas vezes, não é? Inúmeras vezes, todas inúteis.
É só que eu sinto a sua falta, senão eu juro que não estaria ligando. É quando a bebida, o cigarro e o café, não fazem mais efeito. É quando todos os livros, os filmes e as músicas me lembram você. É quando o meu telefone toca e eu bobo, ainda tenho esperança. (Engano meu, era só a NET tentando me vender a tv a cabo deles, de novo). Resumindo? É o tempo todo... Às vezes eu penso, "Meu Deus, como você me dói de vez em quando!" Ando lendo muito Caio Fernando Abreu. Enxergo você em cada palavra, cada linha e até nas entrelinhas. É uma dor apertada, que rasga o peito e sufoca a alma. Por isso eu te liguei. Eu só não pude aguentar, precisava falar mais uma vez tudo aquilo que você já sabe. Desculpe-me. Não vou mais ligar, eu prometo. Essa foi a última vez. E eu espero que você escute o meu recado e não apague direto da secretária eletrônica. É isso.



. título de CFA.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Das coisas que eu sei.

Sei que versos foram feitos para abalar, abraços para embalar, melodias para acalmar e lábios para tragar. Gosto de olhos que falam, bocas que calam e suspiros que acabam. Sei que todos querem ser normais mas é o diferente que atrai. Sei que o amor é breve e a vida mais breve ainda..
Sei que tem gente que bebe pra esquecer, outros pra viver e alguns até pra enlouquecer. Sei que o branco é a junção de todas as cores. Sei que não entendo nada de matemática, mas de que isso importa, se palavras não se somam, se completam? Sei que às vezes, o silêncio fala mais alto do que mil palavras e em outras, mil palavras não querem dizer absolutamente nada. Sei que lágrimas são salgadas e também que sangue tem gosto de ferro.
Sei que Aquário é o signo oposto ao de Leão, sei que amor não é paixão e que sim, às vezes, que dizer não. Sei que o amor não se procura, simplesmente se acha. Sei que joelhos ralados se curam muito mais rápido do que corações quebrados. Das coisas que eu sei..

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

People always leave.


O vento batia forte no cais, agitando os cabelos dourados da garotinha que encarava, silenciosamente, o mar. O sol, tímido, tentava iluminar o céu nublado com seus raios fracos. As nuvens encobriam o céu, deixando-a com a sensação de que aquele momento se arrastaria lentamente. O mar estava tranquilo, sereno, diferentemente do coração daquela pequena menina. Seu coração e seus olhos estavam em ressaca.
Sentiu um aperto no peito. O momento crucial se aproximava. A menina ouviu passos vindo em sua direção e fechou os olhos. Era seu pai que estava prestes a partir, mais uma vez. Agora ele a abraçava e a embalava com seus braços e palavras. Um abraço demorado, um instante quase interminável. Quase. Quando se deu conta, o barco já havia partido e ela só conseguia observá-lo perdendo-se no horizonte distante.
Uma lágrima correu dos seus olhos. "Junte-se ao mar" pensou ela, jogando-a na imensidão azul. "Quem sabe assim ficaremos mais perto" completou. Imaginou, rapidamente, quantas lágrimas foram derramadas para que o mar fosse formado. E partiu, lentamente, com o vento conduzindo seus passos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Não sei porque nessas esquinas vejo o seu olhar."

sábado, 13 de novembro de 2010

E é uma boa menina, ah se é.

Ela é uma boa menina, ah se é. Tem o coração e a cabeça no lugar. É verdade que, às vezes, pensa com o coração e sente com a cabeça, o que acaba deixando-a cuidadosa demais. Mas ela é uma boa menina, ah se é. Gosta de andar sozinha em dias nublados tocando delicamente as plantas que encontra em seu caminho. Acho que ela quer absorver a pureza das plantas, ou quem sabe até, é seu jeito de entrar em contato com o mundo real.
Ela deita em sua cama e antes de adormecer, sua mente viaja para longe, visitando lugares até então desconhecidos e outros de longa data, que ela conhece muito bem. É uma boa menina, ah se é. Sonha com fadas, bruxas, castelos e príncipes. Sabe que toda princesa tem um cavalheiro a sua espera. Às vezes acorda assustada porque a bruxa má transformara seu príncipe em um sapo e por esse motivo, ela permanecera presa em sua torre, sozinha. Mas logo é preenchida pelo alívio porque sabe que tudo não passou de um pesadelo. Em outras, acorda feliz porque viveu o "felizes para sempre", mas logo se sente sozinha novamente porque sabe que tudo não passou de um sonho.
Ela reflete lilás, gosta do vermelho, tem uma quedinha pelo amarelo e tem o chocolate em seu olhar. E em seus cabelos. Tem um jeito meio sem jeito que sem querer conquista; quando você se dá conta, lá está ela. E lá está você, todo bobo, pensando nela. Ela é atrapalhada, é tímida e não sabe o que quer. Ela só sabe o que não quer. Mas ela é uma boa menina, ah se é.
Ela é toda ao contrário e poucos sabem disso. Diz não querendo dizer sim, ri quando tem vontade de chorar e chora rindo. Às vezes ela esquece do mundo, às vezes não. Alguns dizem que ela fala mentiras, mentiras sinceras. Ela não gosta de raspas, restos ou pedacinhos. Pra ela tem que ser completo, ela gosta de se sentir completa. Ela é completa.
E é uma boa menina, ah se é.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Turn all the lights down

Ligue o som e apague a luz. Viaje na melodia, deixe as palavras entrarem no seu coração. Dorme, dorme embalado, que é no escuro que se faz o estrago. Estarei aqui quando você acordar, afagando-o sem ao menos pestanejar. Dorme, dorme sem medo, que é de coragem que é feito o desejo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Malditos Poetas.

Malditos poetas.
Choram lágrimas não derramadas em suas palavras solenes.
Vivem dos sentimentos que sequer conheceram.
Buscam o desconhecido, sem saírem do lugar.

Malditos poetas
que choram minhas dores,
que amam meus amores,
que vivem a minha solidão!

Malditos poetas,
devolvam meus sentimentos,
devolvam a minha intimidade,
devolvam a minha saudade!

Malditos poetas!
Como podem vocês saberem
do que não conto para ninguém?
Voltem aqui com os meus segredos,
não os soltem aos ventos,
que é de carne e sangue que é feito
o meu coração.

Malditos poetas,
nas becos sombrios da minha solidão
encontro conforto
nas palavras escritas por suas mãos.

Malditos poetas,
compartilho a minha dor,
pois a solidão e a tristeza gostam de companhia.
Conheçam assim o sentimento,
que de tanto armamento,
deixaram de sentir.

Malditos poetas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados.
Deixa em paz os passarinhos!
Deixa em paz a mim.
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mario Quintana.

(Ainda tenho o seu bilhete, espero entregar-lhe em breve).

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quase.

Não tenho muitos anos, mas sei que a vida é muito longa para ser vivida em apenas uma vertente e mesmo com pouca idade, já nadei e mergulhei por várias delas. A vertente do sim, a vertente do não. A do talvez, a do sempre. A do nunca. A vertente do quase.
Quase. Palavra cruel. Vertente cruel. Tudo aquilo que poderia ter sido e não foi. A dor da frustação, da decepção, da incerteza. Ter a ilusão de felicidade e num piscar de olhos, ser arrancado do sonho que se estava vivendo.
Mergulhar pela vertente do quase não é realmente viver. É estar conformado com tudo a sua volta, é não fazer diferença alguma; É somente existir.
Nem quente nem frio: Morno. Nem aberto, nem fechado: Entreaberto. Nem seco, nem molhado: Úmido. Nem amando, nem apaixonado: vazio. Nunca gostei de meio-termos. Sou extrema, gosto de extremos. Quero intensidade, quero fazer a diferença.
Enfrente as dificuldades. Viva na vertente do sim, viva na vertente do não ou até na do talvez. Só não exista na vertente de um Quase.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Canta, que é de ouro que é feito o coração.

Chora, que é de pedra que é feita a ilusão.

Teme, que é de trevas que é feita a solidão.

Arde, que é de fogo que é feita a paixão.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sentidos

Os sentimentos acabam sendo, acima de tudo, uma coisa engraçada: Falamos com os olhos, tocamos com os lábios, enxergamos com as mãos e ouvimos com o coração.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carta

Prezada Vida,

Passei por você ontem, hoje e com certeza, passarei amanhã. Ontem você me cumprimentou com um sorriso aberto. Hoje, fingiu que não viu e num ato sutil, virou as costas para mim.
Eu gostaria de saber: O que me reserva para amanhã? Um sorriso? Um nariz empinado? Um olhar discreto? Tudo? Ou na pior das hipóteses, nada?
Não estaria lhe escrevendo e pertubando-a com as minhas palavras se não fosse extremamente necessário, juro. Eu só preciso saber que tipo de surpresa me aguarda, pois viver nas linhas tortas do destino pode ficar extremamente mais fácil se eu estiver preparado.
Não me leve a mal; Eu gosto do seu jeito. Gosto das borboletas que nascem e voam livremente em minha barriga quando me deparo com o desconhecido. Gosto até das surpresas que você me reserva e gosto de olhar pra você mesmo quando você se esquece de olhar para mim. Porém, não é só de supresas que se vive e é por isso que eu lhe escrevo: O que me reserva para amanhã?
Peço para que me responda o mais rápido possível.

Atenciosamente,


R.


domingo, 8 de agosto de 2010

Perder-se

Nos perdemos nos olhares fixos.
Nos perdemos nos braços dos abraços de saudade.
Nos perdemos nos caminhos que os pés traçam.
Nos perdemos porque queremos!
Nos perdemos porque é necessário!
Nos perdemos para nos acharmos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Poetas

Porque poeta é assim... Cola uma alma à sua e escreve sobre o que for, sobre o que tem vontade. Verdades? Depende do ponto de vista. São verdades do coração. As mãos falam sobre o que o coração está cheio.
Como já dizia Fernando Pessoa: "O poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." Porque poeta transforma sol em chuva, doce em salgado, tesão em paixão e amor em dor. A felicidade está nas entrelinhas. Coisa banal. Quem precisa ficar buscando a felicidade quando se tem papel, caneta, café e a dor? Ahh, não os poetas..

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Íntimo.

Hoje mergulhei profundamente em mim mesma. Cheguei a lugares sombrios que até então eram desconhecidos. Deparei-me com um longo caminho tomado por armadilhas, fantasmas e perigos que insistiam em me assustar. Ele era totalmente escuro e não havia um feixe de luz sequer para me ajudar a encontrar a saída.
Foi aí que eu fechei meus olhos e comecei a andar. Respirei fundo, acreditei, confiei e por fim, segui. Percebi que o que podia me guiar sem medo eram os olhos do meu coração. Eu estava certa. Abri os olhos lentamente e alguns feixes de luz entraram por sobre minha pele. Eu estava a salvo.
Dizem por aí que logo antes de amanhecer, a noite passa por a sua fase mais escura. Eu nunca havia dado importância para essa frase mas, a partir daquele momento, percebi que é necessário deixar de utilizar um pouco os sentidos e passar a usar mais o coração.
C O R A Ç Ã O.
Aquele que nos dá vida.
Aquele que bate incansavelmente.
Aquele que às vezes sangra mas nunca desiste.
Aquele que nos guia para os lugares certos.
O único que você pode seguir sem medo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

- Meninas se apaixonam rápido e fácil demais.
- Ora, não é assim.. Você só tem conhecido as garotas erradas. Acredite ou não, existem aquelas que raramente se apaixonam.
- Ah, eu realmente duvido.
- Duvida? Pois bem.. Você está falando com uma delas!
- Ahh vai dizer que você nunca se apaixonou?
- Claro que já! Mas a questão é 'raramente se apaixonar' e não 'nunca se apaixonar'. São duas coisas diferentes.
- Você tem razão.. Mas, me explica, como assim 'raramente se apaixonar'? Acho que essas coisas a gente não escolhe.
- Por isso mesmo. As garotas que se apaixonam rápido e fácil demais têm esse problema. Elas simplesmente escolhem alguém e dão seu coração de presente com a maior facilidade do mundo. Elas pensam que estão apaixonadas e que conhecem o amor mas, na realidade, não conhecem nada. Apenas fingem. Passada uma ou duas semanas, já estarão entregando seu coração para outro estranho qualquer.
- Huum, entendi e quanto as garotas que raramente se apaixonam?
- Essa são diferentes. São aquelas que vivem em seu próprio mundo construindo uma barreira de proteção. Você nunca verá uma delas entregando seu coração pois são muito orgulhosas.
- Mas, se elas nunca entregam seus corações, como se apaixonam? Por isso que eu não entendo as mulheres!
- É aí que mora a diferença: A única maneira é roubando o coração delas.. Mas não pense que elas são burras não..
- Burras? Como assim?
- Não adianta 'tentar' roubar. Elas são fortes, elas construíram uma barreira em torno delas. A qualquer sinal, elas se esquivam para longe.
- Então, como fazer isso?!
- Ué, você mesmo disse. A gente não escolhe. Um dia a pessoa chega, faz alguma coisa tola como sorrir ou te abraçar e pronto. Roubou o coração da pobre garota.
- Ahh, isso quer dizer que essas garotas sofrem menos, certo?
- Errado! É difícil recuperar um coração roubado. Quem iria querer devolvê-lo? Por isso elas sofrem mais, passam dias, semanas, meses e às vezes até anos para esquecer.. Porque claro, você sabe que o coração não se regenera.
- Mas você disse que as meninas que se apaixonam rápido demais entregam o seu coração novamente para alguém.. Isso não faz sentido! Coração não se regenera.
- E quem disse que elas o perdem? Eu disse que elas fingem. O coração delas está sempre no mesmo lugar, batendo apenas para manter o corpo funcionando.
- E o seu, onde está agora?
- Está longe. Batendo perto de quem eu queria estar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Estranhos.

Dizem por aí que os dias são longos e os anos são curtos. Pois bem, as horas passaram arrastadas, o final de cada dia chegara e como num piscar de olhos, um ano se aproximara.
Sonho de quem pensou que as coisas não mudariam. Mudaram, como sempre mudam. Elas foram levadas pelo vento com a mesma intensidade em que chegaram e foi tudo tão rápido, tudo tão abrupto, que às vezes me pergunto se tudo foi real. Para a minha felicidade (ou desespero, entenda como quiser), elas foram.
As pessoas vêm e vão. A maioria sempre vai embora enquanto poucas permanecem. A grande diferença entre as pessoas que vão embora, é que algumas não lhe acrescentam em nada; apenas passam. Outras, lhe entregam um pedaço de si e partem, sem pedir de volta. Ainda existem aquelas que, sem aviso prévio, sem pedir permissão, sem desculpa, vão embora levando um pedaço seu. Um pedaço que na maioria das vezes, nunca se regenera.
Então, sem ao menos pedir licença, o tempo passa furiosamente. Os dias são longos e os anos são curtos, e quando você se dá conta, um ano se passou. Você veio e foi embora com a mesma rapidez com que chegou. Levou um pedaço de mim para longe, sem ao menos me perguntar se podia. Nunca pode. Hoje nós não somos mais que estranhos.
E eu aprendi a nunca falar com estranhos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um texto.

'Eu quero escrever um texto' ela pensou. 'Um texto sobre dores, amores, cores. Sentimentos, sofrimentos, lamentos. Felicidade, amizade, saudade. Um texto para os momentos tristes, um texto que destrua a barragem que os olhos formam e deixe correr por eles livremente e com toda a força interior, o rio de lágrimas que há tanto estava guardado. Um texto que liberte as gargalhadas, fazendo com que a sua barriga doa de tanto rir. Um texto assassino, aquele que mata as saudades. Um texto de ajuda, aquele que te diz exatamente o que fazer. Um texto de amor. Sem dúvida o mais difícil. É aquele que faz seu coração bater rapidamente, em ritmo quase frenético. Um texto de opinião, aquele do sim ou não, do talvez, do sempre e até o do nunca. Se bem que dizem que nunca nunca se diz... Um texto de lamentações, aquele que faz você se sentir um pouco menos pior porque você passa a saber que você não é a única pessoa do mundo para qual as coisas dão errado.
Um texto. Eu só queria escrever um texto' ela pensou. 'Um texto sobre dores, amores, cores, Sentimentos, sofrimentos, lamentos. Felicidade, amizade, saudade.'

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dor

O que é pior?
A dor da perda eterna, inconsolável, tendo a certeza de que você nunca mais poderá estar com alguém porque esse alguém simplesmente se foi. Se foi para um lugar em que seus olhos não podem vê-lo e seus braços não podem abraçá-lo, mas seu coração, esse sim, é o único que pode senti-lo.
Quando a saudade sufoca e cada batida do relógio passa a ser como uma apunhalada no peito, a sua única arma são as lembranças. Fotos, bilhetes, gravações, cartas, memórias. Isso é tudo que você tem para se reconfortar. Mas quem disse que isso é suficiente? Nunca é. Você queria sentir o cheiro, ouvir palavras novas, tocar nos cabelos, abraçar e nunca mais se soltar. Mas o tempo passou e com ele alguns se foram, mas você ficou.
Será que essa dor é pior do que a dor da perda pra vida? Isso é, quando você sabe que pode ver, tocar e sentir certa pessoa mas, por algum motivo, não pode fazer isso. Seja por orgulho, seja por problemas, seja pelo que sempre acontece: a vida.
Será que a dor de estar tão próximo e tão distante ao mesmo tempo é pior do que a dor da perda eterna?
O tempo passa e com ele, as feridas se cicatrizam. A marca nunca te deixará, porém, a ferida nunca mais sangrará.
Saber que o 'seu' alguém tem novidades, novos amigos, uma nova vida e saber que você não faz parte disso tudo dói e muito. As lembranças te perturbam a cada noite antes de dormir. Você não queria isso, mas sempre acontece. Saber que as palavras que outrora foram suas, agora são de outros, machuca. Estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo é tortura, experiência de quase morte.

Agora eu te pergunto novamente: O que dói mais?

sábado, 3 de abril de 2010

Você nunca foi diferente, aceite isso. Todas as outras eram iguais à você e você, igualzinha à todas elas. Todas aquelas palavras que você achava que eram únicas, soavam com a mesma melodia para outras garotas.
Ele nunca foi seu. Você nunca o teve. Ele sempre quis ser livre.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

- Dani, o que você vai querer? Pode pedir..
- Ahh obrigada! Eu queria pequenas porções de ilusão, será que eles têm aqui?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Crescer dói. Mudanças doem.
Mas a dor é necessária, não é? Ela nos torna fortes. Ela nos ajuda a superar obstáculos.
A dor é passageira, o crescimento não.









(Pelo menos eu espero).

domingo, 3 de janeiro de 2010

As pessoas sempre tentam controlar o Tempo.
Tentam.
É uma criança fugaz esse a quem chamam de Tempo, aah se é. Está sempre correndo, pra lá e pra cá, sem dar sossego.
Aos mais velhos, causa rugas de preocupação. Alguns (ou muitos) cabelos brancos também, não minto... Aos mais novos, bem, ele é só uma criança.
Os adolescentes nem o vêem passar; se divertem demais para reparar em uma coisa tão 'pequena'. As crianças? Bom, as crianças se juntam e, sem se preocuparem, brincam com o novo amigo. Afinal, o Tempo é só uma criança.
Porém, ele sempre acaba passando e um fluxo de mudanças o acompanha, incansavelmente. Os mais velhos um dia se vão e novos chegam; Os adolescentes viram adultos preocupados, apressados e cansados da rotina; as crianças, ah as crianças! Essas também crescem e vão para um mundinho só seu: A adolescência. E tudo isso ocorre em compasso de brincadeira e é tudo por culpa do Tempo. Ah o Tempo! Criança serelepe que já me rendeu boas histórias...