sexta-feira, 11 de maio de 2012

"Jornalista vive pobre e morre mais pobre ainda"

Dizem que você encontra a profissão perfeita para uma pessoa olhando pra infância dela. Verdade. Eu com meus 7, 8 anos, adorava brincar que era médica das minhas bonecas. Escrevia receitas, queria um carimbo, pegava as caixas vazias dos remédios da minha avó e brincava, brincava, brincava, até cansar. Quando me perguntavam "O que você vai ser quando crescer?", num piscar de olhos eu respondia "Médica!". E é por isso que hoje eu faço faculdade de Jornalismo.
"Hã? Que? Você está Louca?" "Jornalista vive pobre e morre mais pobre ainda!" " Isso não é pra você, filha.. Você tem que ser Diplomata!" são algumas das coisas que eu já ouvi. E eu repito com convicção: "Dizem que você encontra a profissão perfeita para uma pessoa olhando pra infância dela." Com meus 8, 9, 10 anos eu escrevia diários. Segredos estampados nas páginas coloridas de agendas que a minha mãe insistia em querer saber. Escrevia em códigos, colava fotos, desenhos e ingressos de cinema, escrevia poemas. Poemas inocentes, poemas sobre os desamores de uma garota de 10 anos. Vivia pra lá e pra cá, anotando tudo que podia, com a curiosidade a flor da pele.
E foi na 4ª série que a minha professora Maria Lúcia escolheu um poema que eu tinha feito entre todos da sala para participar de um concurso. Ganhei. Um dia, em uma reunião de pais e professores, ela conheceu minha mãe e com a sabedoria que só os professores têm, disse "Às vezes eu tenho alguns palpites sobre a profissão que meus alunos vão seguir. A sua filha vai ser jornalista. E olha que eu nunca errei". Mal a minha mãe sabia que ela, de fato, estava certa.
Minha mãe acha que eu sou louca. Tentou me convencer de mil maneiras a seguir a carreira de "Relações Internacionais". Blá, não era pra mim. Só quem escreve sabe a sensação boa e aliviante que um texto bem escrito proporciona. A rotina cansa uma boa aquariana. Eu gosto de desafio, novidade e muitas vezes, surpreendo as pessoas ao redor. É, é por isso que eu vou ser jornalista... e não médica.

domingo, 18 de março de 2012

Depois que você entra num curso de Jornalismo e começa a ter aulas de fotografia, entende que ter uma Canon ou uma Nikon não te fazem um fotográfo.
Parabéns, você consegue tirar fotos banais com uma ótima resolução e... só.
O que realmente importa, é ter contéudo e saber o que fazer com ele.

domingo, 24 de julho de 2011

Estranhos

Tem coisa mais triste do que um grande amigo se tornar apenas um estranho? Uma face perdida em fotos antigas, assuntos de que você ao menos se recorda em bilhetes da época de colégio ou até momentos de felicidade e de angústia que o ombro amigo esteve ao seu lado. Está tudo perdido no tempo... este, como todos, também sabe ser cruel. Do mesmo jeito que pode cicatrizar feridas que um dia chegaram a latejar em seu peito, também pode abrir um abismo entre duas pessoas que um dia compartilharam dos mesmos interesses.
O que será que aconteceu? Um amadureceu mais rápido do que o outro? Os gostos já não são mais os mesmos? A confiança foi quebrada? Seu amigo arrumou outros amigos entre os quais você não se encaixa?
Às vezes, uma dessas coisas pode ter acontecido. Em outras, todas elas.. e ainda, em alguns casos, nenhuma delas. E então vem o tempo de novo, com as suas escolhas e seus desafios (que, parecem mais difíceis ao passar da vida), fazendo com que nos afastemos de antigos afetos para nos convencer de que nascemos sozinhos e que, embora existam muitas pessoas a nossa volta, tais como nossos pais, irmãos, amigos, precisamos aprender a nos virarmos sozinhos. Infelizmente, nada na vida dura pra sempre.
E então sobram as fotos, os cartões, os bilhetes e as memórias. Quando a saudade bater, todas elas ainda estarão naquela caixinha de lembranças (sim, aquela que você tem guardada no fundo do seu armário e que ninguém sabe) para recordar os bons tempos de velhas amizades que não voltam mais. O bom das fotos e das memórias é que embora a pessoa esteja totalmente mudada no presente, no passado elas continuam iguais ao que sempre foram.

domingo, 3 de abril de 2011

Carta.

Hoje resolvi que iria te escrever uma carta. Procurei por todos autores textos que falassem sobre os meus sentimentos por você. Não achei. Procurei, procurei, procurei: Nada.
Decidi então que faria com as minhas próprias palavras. Escrevi com o coração. Frases exageradas, cheias de sentimento. Totalmente eu. Amassei e deixei de lado, muito melado, muito clichê. Escrevi então com a razão. Frases secas, somente o necessário em cada linha. Perfeito, chato e falso.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Faith

- Você acredita em destino?
- Não. Acho que as coisas pendem pra.. como é mesmo que se fala?
- Pra um lado?
- Não.. pra acontecerem.Você acredita?
- Huum. Talvez.
- Que vago! Hahahaha.
- É, é que tem coisa que é "muito pra ser", que não tem como não acontecer.. Ah, eu acho que eu acredito sim.
- É, eu também.

domingo, 30 de janeiro de 2011

RE: "Sobrou só esse nó no peito, agora faço o quê?"

- Você deve ter achado estranho. É, eu também achei, acredite. Nunca ter retornado as suas ligações e os emails e 4 meses e meio depois, um belo dia, eu resolvo aparecer do nada. Injusto da minha parte, não? Sumir, evaporar e aparecer assim do nada, quando você para de me procurar. Às vezes me pergunto se você me esqueceu e a minha mente vaga pelas lembranças, navega pela incerteza e chega a resposta alguma. Para de olhar com essa cara de perplexo pro nada. Sim, eu liguei e não, não é uma ilusão. E agora eu sei que você tá rindo surpreso por eu ter adivinhado. Ah, você sabe que eu sempre fui boa nisso. Eu sei ler as pessoas e eu aprendi a ler você. Tão bem que as coisas acabaram como acabaram.. Enfim, você deve estar se perguntando porque eu resolvi ligar. A verdade é que eu te perdoei. A dor foi forte, intensa e abrupta mas um dia ela passa.. Não é sempre assim? Muitos dizem que é culpa do tempo. Mas você realmente acredita nisso? É, eu também não.. Pra mim a culpa é dos novos amores, das novas experiências, das novas vontades e das novas verdades. O tempo não cura, só tira o foco da dor. Por muito tempo eu também esperei esperançosamente o telefone tocar. (Na maioria das vezes também era telemarketing, mas você sabe que não era a NET porque eu sou assinante. Skavuska!) E um dia, quando eu parei de querer que fosse você, quando eu finalmente tinha esquecido, você me ligou. Ai já não fazia mais diferença, concorda? Certas coisas precisam ser feitas em determinado tempo, senão elas perdem o valor. E infelizmente, você perdeu a sua chance.. Nossa, eu pareço realmente cruel falando assim. Mas você sabe que não. A dor que rasga o peito e sufoca a alma? Também senti. Também li entrelinhas, também enxergava verdades em mentiras. E você não me doia só de vez em quando! Era o tempo todo, todo o tempo. Mas passou. Por isso eu liguei hoje.. Eu te perdoei, de verdade. Você sabe que meu coração sempre foi mole e que eu nunca guardei magoas. Por que você sabe né? "A vida é breve.. e o amor é mais breve ainda."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A gente brinca com o desejo e sem querer encontra o desengano. A vida é cheia dessas, o mundo dá voltas e toda aquela coisa clichê. Uns enxem a cara pra tentar esquecer, outros pra lembrar e outros pra conseguir viver. E assim vai indo, passo a passo, dia após dia. O importante é continuar seguindo, seja da maneira que for.