domingo, 23 de novembro de 2008

Minha vida sem mim.

Muitas vezes eu me pego pensando como seria a minha vida se eu fosse outra pessoa. Talvez não fosse minha, pois, eu seria outro e outro seria eu. E se não fosse trágico pensar dessa maneira, de certa forma, seria cômico. É engraçado para mim pensar primeiro nas inúmeras qualidades que a vida de fulano tem e depois de um segundo, minha mente ser invadida por um turbilhão de defeitos da vida dessa pessoa me fazendo desistir de querer ser ela. Mas você pensa que eu desisto? Está enganado. Pulo para a próxima pessoa até o próximo turbilhão chegar e acabar com tudo. E depois para a próxima e para a próxima e para a próxima e para a próxima...
Depois de querer ser alguns mil e não conseguir ser ninguém além daquele velho rosto conhecido no espelho, percebi que mesmo se eu conseguisse ser outra pessoa, pelo menos por um dia, iria continuar tendo muito mais defeitos do que qualidades. Com certeza, mais da metade das pessoas que eu já desejei ser, também quiseram ser outras pelo menos em algum momento da sua vida. Definitivamente o turbilhão passou pela cabeça delas também.
Ninguém tem uma vida tão perfeita que chega ao ponto de ter felicidade absoluta. O ser humano precisa sentir falta de algo para sempre ter vontade de mais. Se nós não tivermos vontades, a vida fica chata, sem disputa. E me diga você, que está lendo meu humilde texto: O que seria da vida dos mocinhos e mocinhas sem um vilão? Com certeza seriam apenas dois chatos vivendo o falso 'felizes para sempre'.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

- Você foi a pessoa que eu sempre quis. - Ele disse, tomando um gole de chá.

- Eu sei, sentia o mesmo por você. - disse ela pousando a xícara de chá lentamente na mesa e pegando um biscoito.

- Eu te amo, sempre amei. - Ele disse com uma expressão triste.

- O que eu sinto por você, vai muito além de amor. - Ela disse mordendo o biscoito.

domingo, 16 de novembro de 2008

E pra falar a verdade, ela não estava nem aí com tudo que acontecia a sua volta. Só queria ficar ali, sentada em seu sofá, aproveitando o calor de uma coberta e a companhia de um pote de sorvete de chocolate. Sem falar, é claro, no filme que assistia. Mais daqueles de amor, aqueles sabe? Onde o mundo inteiro desaba sobre os mocinhos mas, no final, tudo acaba dando certo e eles ficam juntos. Nada mais clichê. E, por ironia no destino, nada mais difícil também.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Idéias

Milhões de idéias borbulham em minha mente, como num caldeirão em ebulição. Minhas mãos não conseguem transparecer tudo que eu cismo em pensar. Idéias, idéias, tantas delas. Um arco - íris de cores primárias, secundárias e terciárias colore meus pensamentos fazendo com que uma aquarela de cores infinitas bagunce minhas idéias. Oh, aí estão elas de novo. E de novo, sempre, até que como todas as cores que se misturam, tudo chega ao mesmo resultado. O branco.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O velho de tudo.

Uma velha música tocava naquele velho rádio. Um velho eu procurava por um novo. Um novo de tudo, um novo de nada. Um novo daquilo, um novo disso. Um pouco novo. Um velho novo, um novo velho. Um pouco de tudo, misturando novo e velho.
É, acho que o novo eu continua buscando o velho. O velho de tudo.